quinta-feira, 17 de março de 2016

A maconha e a síndrome do tabu

Em muitos debates emblemáticos criados, como em 2014 na luta de pessoas com sindromes não convencionais precisando de um tratamento já em voga no EUA, ou em 2015 com o supremo federal alegando grandes problemas não cientificamente comprovados, o Brasil foi as ruas. Dividindo o país entre aqueles que aceitam a legalização da maconha e de outros que pregam sua regulamentação, muitos acabam não sabendo como discutir o problema. Afinal, mais do que escolher o polo pelo qual defende é necessária uma compreensão geral e aprofundada da droga.
Para entender a maconha, inicialmente deve-se ter em mente o seu poder ao ser usada recreativamente. Contraditoriamente do que se é espalhado na sociedade, a droga é classificada em padrões baixíssimos de dependência, apresentando um número de 9%. Comparado ao álcohool isso acontece em 15% e com o tabaco 33%. Além disso, argumentos constantemente usados é na diferenciação da Álcool com a maconha: o que causa dependência química no primeiro é o seu uso abusivo, enquanto na segunda, apenas o seu uso. Novamente, insustentável.
O grande desafio associado a sua legalização inclui o medo de controle do bem estar social por parte do estado, como forma de paternalismo. Acontece, que não é desejada a associação desta droga como foi feita na década de 70 com intensos meios publicitários difundindo como estilo de vida o fumo do tabaco.

O governo, no entanto, não crê no poder que programas de conscientização quando bem bolados, têm sobre a população quando o assunto é o uso do livre-arbítrio individual. Segundo pesquisas, a evasão de campanhas antitabagista foi de queda de 65% em 15 anos. Afinal, o esclarecimento e a restrição devem ser colocados para menores de 18 anos, sabendo que, com genética disposta a esquizofrenia a maconha pode influenciar o cérebro jovem quando este está em formação.
Portanto, legalizada ou não, a maconha é uma droga como qualquer outra: Produz efeitos morais e dependendo do psicológico leva a pessoa a outras drogas. No entanto, educadores como formadores de opinião, devem estar bem informados quanto a pesquisas afim de diferenciar o que é fato do que querem que seja acreditado. Pois, muitas vezes, a manipulação é feita para que a regulamentação da droga seja usada em prol de traficantes, ajudando ainda mais a criminalidade num país onde os conceitos sobre o uso da droga, ainda são nebulosos.